Por que as desigualdades de atuação e/ou funções para a execução das obras artísticas?
As desigualdades fazem parte da Lei de Igualdade. As diferenças existentes entre as pessoas é resultado da evolução pessoal1 de cada espírito.
O indivíduo nunca será igual ao outro, por maior que seja a afinidade de pensamentos. Assim como a vida, a arte também passa pela mesma dinâmica em sua evolução e execução.
Cada participante de qualquer execução artística terá maior desenvolvimento em tal ou qual área específica da arte a ser materializada em seu plano de vida atual. Cada um terá o seu gosto pessoal, sua vontade de contribuir de alguma forma2.
É por isso que uma mesma paisagem é pintada de diferentes formas por diferentes pintores! Isso explica o porquê das remontagens de um mesmo espetáculo serem diferentes em vários aspectos, uma escultura, um texto sofrer diferenciação quando outro ser o executa, reescreve, reedita...
Contudo, todos possuem a mesma essência!
A desigualdade é natural e é saudável para a arte.
Caso tudo fosse igual, a vida seria muito previsível e até mesmo sem graça! A diferença até mesmo das responsabilidades não é sinal de que aquele que cuida de tal ponto da obra artística é mais importante do que o outro que cuida de outro ponto aparentemente menor e insignificante...
É como uma engrenagem de relógio. Uma pequena peça que se solta pode comprometer todo o funcionamento deste. Só porque os ponteiros é que mostram a hora, eles são mais importantes do que esta pequenina peça que os permite moverem-se? Não. Então, por que a preocupação excessiva se um ou outro deve ter a mesma função e esta ser reconhecida tão ou mais do que outra?
Tudo isso são questões morais.
Existe essa discussão apenas porque o ser humano ainda é muito orgulhoso3 e necessita para seu ego, que seja reconhecido e idolatrado.
Quando a humanidade deixar o orgulho4 de lado, saberá que essa questão é infantil e pouco importante, aliás, nem um pouco. Trabalhemos mais a nossa humildade e assim, alcançaremos a nossa evolução!
Obrigado! Jesair e amiGOS! 21.12.12, psicografado por Jerônimo Marques.
1 – “Deus criou todos os Espíritos iguais, mas cada um deles tem maior ou menor vivência e, por conseguinte, maior ou menor experiência. A diferença está no grau da sua experiência e da sua vontade, que é o livre-arbítrio: daí, uns se aperfeiçoam mais rapidamente e isso lhes dá aptidões diversas. A variedade das aptidões é necessária, a fim de que cada um possa concorrer aos objetivos da Providência no limite do desenvolvimento de suas forças físicas e intelectuais: o que um não faz, o outro faz. É assim que cada um tem um papel útil. Depois, todos os mundos sendo solidários uns com os outros [...].” (KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. 182. ed. Araras: Ide, 2009)
2 – “[...] A arte é um instrumento valioso, principalmente quando conseguimos trabalhar de forma integrada [...]. Temos um leque de atividades a oferecer e que a criança poderá optar, conforme suas tendências interiores que se manifestam através do seu querer, de sua vontade, que, nesse aspecto, precisam ser respeitados. Assim, em qualquer estágio evolutivo que o Espírito se encontre, dentro das diferentes tendências que manifeste, ele encontrará um canal para direcionar sua energia criadora de forma positiva.” (ALVES, Walter Oliveira. O Teatro na Educação do Espírito. 1. ed. Araras: IDE, 1999)
3 – “O grande desgosto que os acompanha quando reconhecem que, no estado de encarnação, arrebatados pela Arte, esqueceram os caminhos luminosos conducentes à redenção espiritual, o que nos leva à conclusão de que a Arte, por si só, não redime ou santifica o artista. Ele necessitará, além dela, do cultivo do amor a Deus e ao próximo, da Excelência de uma fé inquebrantável nos princípios divinos, pois a lei que do Todo-Poderoso emanou, para orientar o trajeto evolutivo das criaturas, não foi diferente para os artistas. Foi, sim, a mesma, invariável, eterna: Amor a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.” (PEREIRA, Yvonne A. Devassando o Invisível. 3. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2009)
4 – “Este cancro é o maior flagelo da Humanidade. Dele procedem todos os transtornos da vida social, as rivalidades das classes e dos povos, as intrigas, o ódio, a guerra. Inspirador de loucas ambições, o orgulho tem coberto de sangue e de ruínas este mundo e é ainda ele que origina os nossos padecimentos de além-túmulo, pois seus efeitos ultrapassam a morte e alcançam os nossos destinos longínquos. O orgulho não nos desvia somente do amor de nossos semelhantes, pois também estorva todo o aperfeiçoamento, engodando-nos com o nosso valor ou cegando-nos sobre os nossos defeitos.” (_______. Páginas de Léon Denis. 3. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1991)
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