SAPATILHA ESPÍRITA



“... Sim, certamente o Espiritismo abre á arte um campo novo, imenso e ainda inexplorado; e quando o artista reproduzir o mundo espírita com convicção, haurirá nessa fonte as mais sublimes inspirações, e o seu nome viverá nos séculos futuros, porque às preocupações materiais e efêmeras da vida presente, substituirá o estudo da vida futura e eterna da alma.”
Allan Kardec

terça-feira, 3 de maio de 2011

Para refletir


SAMA BHAVA


Alguém que diga que não pode passar sem isto e que tem horror àquilo é um joguete das circunstâncias. Quando possui ou desfruta as coisas que "adora", está feliz. Quando lhe faltam, fica triste e ansioso.

Quando consegue estar distante e protegido contra aquelas coisas que "detesta", se sente bem.

Quando não, adoece. Uma pessoa assim, só conquistará sua mente e se sentirá realizado, quando desenvolver sama bhava (bhava, atitude psíquica; sama, igual). Só assim conhecerá satisfação, contentamento, equilíbrio e eqüidistância dos opostos da existência.
É condição de maturidade. E, reciprocamente, gera maturidade.

À medida que, por outros meios, a mente vai sendo conquistada, o homem vai deixando de ser um vinculado e um frágil, vai atingindo sama bhava ou equanimidade; vai triunfando sobre a dança das circunstâncias externas e ficando invulnerável, imperturbável, independente, incondicionado aos acontecimentos que lhe escapam ao controle.
O homem vulgar, em sua imaturidade, adoece dos nervos porque é extremado tanto no sofrimento como no gozo.

Quando as coisas são favoráveis, o sol brilha, o mundo sorri, os amigos o estimam, há aplausos, lucros, saúde, tudo vai de "vento à feição", ele exulta, goza, festeja, dança, ri e chega até ficar generoso e confiante.

Quando, no entanto, sobrevém o desfavor da sorte, quando há chuva miúda ou cerração escondendo o sol, se os amigos se afastam ou falham, quando recebe críticas e censuras e sabe de calúnias, se o filho vai mal na escola ou o movimento da bolsa é ruim, entrega-se ou ao abatimento ou à revolta; o desalento então cava-lhe rugas na testa e "brechas na alma".

A personalidade imatura não conhece meio-termo entre gargalhadas e lágrimas, desvarios de prazer e gemidos de dor, satisfações de orgasmo e pranto de desespero. Pessoas assim, levadas ao sabor das tempestades emocionais, precisam aprender a equanimidade dos sábios, que não se perturbam quando o destino lhes tira dos lábios a taça de mel e, em troca, dá uma de fel.

O sábio sabe que na vida há noites frias e quentes, dias trágicos e venturosos, sins e nãos, saciedades e fomes, berços e esquifes, vitórias e derrotas, lucros e perdas, portas que fecham e portas que se abrem. O sábio não se deixa perturbar nem pelo dulçor nem pelo amargor dos frutos que lhe são dados. Não chora demais nem ri sem medidas. É sereno. É equânime. É igual. É invulnerável aos opostos.

O caçador de prazeres, de compensações, de fortuna, de posições, de aplausos, de lucros, de tudo que julga desejável, é em geral um débil, pois, na mesma medida com que se alegra com a conquista daquilo que busca, desespera-se, sente-se desamparado e perdido diante dos menores vetos e negativas que o destino lhe impõe.
Quase sempre sente medo de perder o que tem ou o que pensa que é, e adoece de medo diante das ameaças a ele ou a seu patrimônio. Ao primeiro prenuncio de dor de cabeça, se acovarda e, assim, a agrava.

Quem faz da equanimidade sua fortaleza interna é inexpugnável.
Não teme perder nem se perturba na ansiedade de conquistar.

Equânime não é a pessoa fria, indiferente e inconsequente.
Embora se apercebendo da significação de ser favorecido ou desfavorecido, embora participe ativamente dos fatos, consegue um sadio isolamento emocional, colocando-se acima deles.

Na estratosfera do Espírito reside sua tranqüilidade. Tufões e muita chuva só perturbam as camadas inferiores da atmosfera da mente e da matéria.
Aprenda a ser equânime, amigo, e se torne invencível.

Para isto, procure fazer uma noção exata do mundo que o cerca. Aprenda a tomar as coisas como vêm. Liberte-se dos óculos escuros do pessimismo e igualmente dos óculos azuis do otimismo. Contemple com isenção os dois pólos perenes da Realidade.
Vício e virtude, bom e mau, bem e mal, fácil e difícil, verso e reverso, junções e separações, queda e ascensão, estão aí e aqui, estiveram e sempre estarão em toda a parte, quer você goste, quer não, quer lucre ou perca, sofra ou goze.

Na obra do Absoluto "tudo é necessário" e em nossa vida "nada é imprescindível" a não ser o amor de Deus. Aprenda a aceitar com equanimidade o que a vida lhe der. Só assim poderá seguir o que Epíteto ensinou: "Não faça sua felicidade, depender daquilo que não depende de você".

Quando a ansiedade lhe impedir o sono ou estiver querendo impacientar-se na fila de atendimento; quando o patrão disser que não lhe vai conceder o aumento ou a chuva estragar seu domingo na praia; quando sua úlcera começar a dar sinais; quando sentir ímpetos de desespero, de desânimo ou outra emoção perniciosa, diga a si mesmo: "Devo aproveitar esta oportunidade que a vida me apresenta e aprender a ser equânime. Vou fazer tapas, isto é, austeridade; vou aceitar sem reclamar, sem me sentir vítima da má sorte; vou colocar-me acima das circunstâncias. Não vou perder a paz de Deus dentro de mim por causa deste aborrecimento temporário".


Reflexão: Até ontem eu dividia as coisas e as situações sob o critério estreito de meu egoísmo.
Sem qualquer serenidade, era atirado de um lado para outro, totalmente manobrado por acontecimentos externos a mim. Do extremo da alegria sem sobriedade era quase sempre lançado no vale do amargor sem esperança, em função do julgamento que fazia dos fatos, no ritmo e na alternância dos opostos da existência.
Hoje, menos egoísta, nada que ocorra pode desequilibrar-me.
Hoje, com sama bhava, infenso à dança dos opostos, nada me leva aos exageros da alegria, nada me pode deprimir e aborrecer.

Equânime - Sinônimos: justo, equilibrado, imparcial, moderado, sereno, reto.



Do livro: YOGA PARA NERVOSOS – Ed. Nova Era
Prof. Hermógenes



Três experiências de Sama Bhava:
nas perdas(empatia), nas críticas(leveza) , nas ofensas(não-violência).

DA MENDIGA

Vimos a senhora na esquina da rua Constante Ramos, em Copacabana. Estava numa cadeira de rodas, perdida no meio da multidão. Minha mulher ofereceu-se para ajudá-la; agradeceu, e aceitou; pediu que a levasse até a Santa Clara.
Alguns sacos plásticos pendiam da cadeira de rodas. No caminho, contou-nos que
aqueles eram todos os seus pertences; dormia sob as marquises, e vivia da caridade alheia.
Chegamos ao lugar indicado. Ali havia outros mendigos. A mulher da cadeira de rodas tirou de um dos plásticos dois pacotes de leite Longa-Vida, e entregou-os a eles.
“Fazem caridade comigo, preciso fazer caridade com os outros”, foi seu comentário.


DA FLAUTA

Creio que grande parte dos leitores assistiu o filme "Amadeus": massacrado pela crítica musical de sua época, que o acusava de superficial, Wolfang Amadeus Mozart consolava-se sabendo que o público gostava e apoiava sua arte.
Sua última ópera, "A Flauta Mágica", mostra um Mozart de uma leveza extraordinária – ignorando por completo a filosofia sinistra que complica a vida.
Para um amigo, o compositor explicou o porquê de tanta suavidade: "A vida é permanente. Ele não precisa de significados ocultos para mostrar sua beleza e sua eternidade. Deus não está na tortura da alma ou nas confusões do pensamento, mas na capacidade que o homem tem – desde os tempos mais remotos – de olhar as estrelas e ficar comovido."




DO METRÔ
Terry Dobson viajava num metro em Tóquio, quando um bêbado entrou, e começou a ofender todos os passageiros. Dobson, que estudava artes marciais há
alguns anos, encarou o homem. "O que é que você quer?" perguntou o bêbado.
Dobson preparou-se para atacá-lo.
Neste momento, um velhinho sentado num dos bancos, gritou: “Ei!”
"Vou bater no estrangeiro, depois bato em você!", disse o bêbado.
"Eu também costumo beber", disse o velho. "Sento-me todas as tardes com minha mulher, e tomamos sakê. Você tem mulher?"
O bêbado ficou desnorteado e respondeu: "Não tenho mulher, não tenho ninguém. Só tenho vergonha de mim".
O velho pediu que o bêbado sentasse ao seu lado. Quando Dobson desceu, o homem estava chorando.

Jaime Togores - Lista de Discussão Fórum ABRARTE

Do livro MAKTUB – Paulo Coelho – Ed. Rocco

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Projeto Dança na Casa Espírita

Belo Horizonte sedia Projeto de Dança na Casa Espírita


O Projeto preve a capacitação de artistas da dança, que estejam ligados a núcleos de estudo e trabalho no seio das Casas Espíritas e que desejam trabalham com esta linguagem artística nos âmbitos cênicos, educativos e terapêutico.


A capacitação terá início no dia 14/05/11 e contará com aulas práticas e teóricas na modalidade semi-presencial.


O curso é totalmente gratuito e será veiculado pela equipe da I Mostra Espírita de Dança "Novos Horizontes.




Inscrições de 20/04 a 12/05 de 2011


Local - Belo Horizonte


Modalidade - Semi-presencial


Vagas limitadas Início 14 de Maio de 2011 Quer saber mais?


segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

ARTE NA CASA ESPÍRITA


A CASA ESPÍRITA PRECISA DE ARTE?

Se sua resposta é: NÃO! Você tem duas opções: continuar lendo ou fechar essa página e ir embora.

Já que você ainda está por aqui sua resposta foi SIM!

Ou resolveu nos dar uma chance. Parabéns por sua escolha!

A Instituição espírita, como núcleo de prática e divulgação doutrinária, necessita ter atividades que alcancem metas e objetivos de sua existência. As atividades de teatro, música, dança e artes plásticas, podem contribuir com a missão da Casa Espírita de promover a formação do homem de bem.

A expressão artística permite a percepção do Espiritismo pelos canais da intuição, dos sentimentos, da emoção e da vibração.

A prática artística na casa espírita deve ser um espaço para que o indivíduo desenvolva seu potencial criador e transformador, cultivando a desinibição, a criatividade e a interação com o próximo. O indivíduo estabelece assim uma ação comunicativa e mobilizadora, alimentando hábitos de sucesso para si e sua instituição.

O trabalho de arte valoriza o indivíduo como entidade peculiar, o que serve de estímulo ao crescimento espiritual. O indivíduo que cresce estimulado integralmente, estabelece novas formas de convívio em grupo, deixando de lado o modelo autocrático.

O desejo de inovação é inato no trabalho de artes, o que possibilita novas oportunidades de atuação do trabalhador espírita, qualificando a sua ação produtiva na instituição.

A arte se apresenta na sociedade como meio de comunicação potente e ágil, tornando-se fundamental na ampliação da divulgação do conhecimento espírita.

Baseando-se nestes tópicos, podemos afirmar que o trabalho de arte, dentro da casa espírita, não deve ser um instrumento complementar, mas um processo fundamental de divulgação doutrinária e crescimento sócio-educativo do indivíduo, numa atitude saudável e integral, ou seja, o trabalho de arte não de ser relegado a segundo plano na estrutura organizacional da instituição, mas devidamente valorizado como poderoso instrumento de formação do homem de bem.

QUAIS OS BENEFÍCIOS QUE A PRÁTICA DA ARTE PODE TRAZER À INSTITUIÇÃO:

Quando planejada, orientada e em constante processo de avaliação, a existência de atividade artística na instituição pode contribuir para:

· Integração entre os departamentos e setores da casa;

· Enriquecimento do ambiente doutrinário;

· Dinamismo das atividades de estudo;

· Geração de boas energias para as atividades espirituais;

· Fortalecimento dos laços de amizade e fraternidade entre os trabalhadores;

· Estudo do espiritismo por parte dos integrantes do trabalho artístico

ARTE NA CASA ESPÍRITA?

Allan Kardec foi o responsável pela codificação do Espiritismo trazendo, para todos, no século XIX, a oportunidade de ter em mãos conteúdos sistematizados de uma nova religião, que trouxe um caminho desafiador para nossa evolução.

Em cinco livros – O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho segundo o Espiritismo, Céu e Inferno e A Gênese, ele traçou as bases fundamentais da Doutrina renovadora que devemos praticar dentro e fora das casas espíritas. São informações que respondem às nossas principais dúvidas existenciais e nos fornecem as diretrizes mais acertadas para realizarmos uma ação coerente e qualificada.

O trabalho de arte implementado dentro das instituições espíritas tem como dever maior, assim como todas as outras atividades, seguir os ensinamentos básicos de Kardec e transportá-los para a experiência cotidiana.

Os conteúdos trabalhados não podem se desvirtuar daquilo que foi explicitado pelo Pentateuco esclarecedor, devendo-se, em cada produção artística, ter o maior cuidado em investigar as coerências doutrinárias que são expostas. Não é censura elo arcaísmo fútil das “falsas regras impostas pela doutrina”, que nascem de uma crença cega e uma ignorância inútil. É simplesmente respeito e compromisso com os princípios espíritas que abraçamos.

A expressão artística possui uma liberdade estética que a coloca numa vastidão de possibilidades para trabalhar determinado tema, mas este deve seguir os princípios espíritas.

Existe em nossos costumes tradicionais uma necessidade de tornar a arte uma forma obrigatória de “catequizar” o outro, mostrando verdades que devem ser aceitas sem questionar. A arte vai além disto, ultrapassa qualquer forma de enrijecimento doutrinário e expõe uma mensagem por vias mais envolventes, deixando aberta ao público uma diversidade de interpretações, facilitando assim, com que cada um veja e sinta aquilo que necessita para o seu aprendizado.

Utilizar a arte como “catequese espírita” é restringi-la, diminuindo suas possibilidades.

“A arte pura é a mais elevada contemplação espiritual por parte das criaturas.”

(Emmanuel – O Consolador)

“O artista verdadeiro é sempre o médium das belezas eternas e o seu trabalho, em todos os tempos, foi tanger as cordas mais vibráteis do sentimento humano.”

(Emmanuel – O Consolador)

“Existe hoje grande número de talentos com a preocupação excessiva da originalidade, dando curso às expressões mais extravagantes de primitivismo, esses são os cortejadores irrequietos da glória mundana (...) passarão como zangões da sagrada colméia da beleza divina, que, em vez de espiritualizarem a natureza, buscam deprimi-la com as suas concepções extravagantes e doentias.”

(Emmanuel – O Consolador)

FONTE: Campanha - Arte na Casa Espírita - FEEB/2008

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Sintonia Divina_ In: Ballet MEDIUNIDADE_Grupo Espírita de Dança Evolução

Vídeo em comemoração aos 15 anos de história do Grupo Espírita de Dança Evolução

Grupo Espírita de Dança Evolução

Vídeo em comemoração aos 15 anos de Existência do Grupo Espírita de Dança Evolução!

Jovens no Além_ Grupo Espírita de Dança Evolução