SAPATILHA ESPÍRITA



“... Sim, certamente o Espiritismo abre á arte um campo novo, imenso e ainda inexplorado; e quando o artista reproduzir o mundo espírita com convicção, haurirá nessa fonte as mais sublimes inspirações, e o seu nome viverá nos séculos futuros, porque às preocupações materiais e efêmeras da vida presente, substituirá o estudo da vida futura e eterna da alma.”
Allan Kardec

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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Desigualdades de Funções nas Obras de Arte

Por que as desigualdades de atuação e/ou funções para a execução das obras artísticas?

As desigualdades fazem parte da Lei de Igualdade. As diferenças existentes entre as pessoas é resultado da evolução pessoal1 de cada espírito.

 O indivíduo nunca será igual ao outro, por maior que seja a afinidade de pensamentos. Assim como a vida, a arte também passa pela mesma dinâmica em sua evolução e execução. 

Cada participante de qualquer execução artística terá maior desenvolvimento em tal ou qual área específica da arte a ser materializada em seu plano de vida atual. Cada um terá o seu gosto pessoal, sua vontade de contribuir de alguma forma2.

 É por isso que uma mesma paisagem é pintada de diferentes formas por diferentes pintores! Isso explica o porquê das remontagens de um mesmo espetáculo serem diferentes em vários aspectos, uma escultura, um texto sofrer diferenciação quando outro ser o executa, reescreve, reedita...

 Contudo, todos possuem a mesma essência! A desigualdade é natural e é saudável para a arte.

Caso tudo fosse igual, a vida seria muito previsível e até mesmo sem graça! A diferença até mesmo das responsabilidades não é sinal de que aquele que cuida de tal ponto da obra artística é mais importante do que o outro que cuida de outro ponto aparentemente menor e insignificante...

 É como uma engrenagem de relógio. Uma pequena peça que se solta pode comprometer todo o funcionamento deste. Só porque os ponteiros é que mostram a hora, eles são mais importantes do que esta pequenina peça que os permite moverem-se? Não. Então, por que a preocupação excessiva se um ou outro deve ter a mesma função e esta ser reconhecida tão ou mais do que outra? Tudo isso são questões morais.

Existe essa discussão apenas porque o ser humano ainda é muito orgulhoso3 e necessita para seu ego, que seja reconhecido e idolatrado.

Quando a humanidade deixar o orgulho4 de lado, saberá que essa questão é infantil e pouco importante, aliás, nem um pouco. Trabalhemos mais a nossa humildade e assim, alcançaremos a nossa evolução! 

Obrigado! Jesair e amiGOS! 21.12.12, psicografado por Jerônimo Marques.

 1 – “Deus criou todos os Espíritos iguais, mas cada um deles tem maior ou menor vivência e, por conseguinte, maior ou menor experiência. A diferença está no grau da sua experiência e da sua vontade, que é o livre-arbítrio: daí, uns se aperfeiçoam mais rapidamente e isso lhes dá aptidões diversas. A variedade das aptidões é necessária, a fim de que cada um possa concorrer aos objetivos da Providência no limite do desenvolvimento de suas forças físicas e intelectuais: o que um não faz, o outro faz. É assim que cada um tem um papel útil. Depois, todos os mundos sendo solidários uns com os outros [...].” (KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. 182. ed. Araras: Ide, 2009)

 2 – “[...] A arte é um instrumento valioso, principalmente quando conseguimos trabalhar de forma integrada [...]. Temos um leque de atividades a oferecer e que a criança poderá optar, conforme suas tendências interiores que se manifestam através do seu querer, de sua vontade, que, nesse aspecto, precisam ser respeitados. Assim, em qualquer estágio evolutivo que o Espírito se encontre, dentro das diferentes tendências que manifeste, ele encontrará um canal para direcionar sua energia criadora de forma positiva.” (ALVES, Walter Oliveira. O Teatro na Educação do Espírito. 1. ed. Araras: IDE, 1999)

 3 – “O grande desgosto que os acompanha quando reconhecem que, no estado de encarnação, arrebatados pela Arte, esqueceram os caminhos luminosos conducentes à redenção espiritual, o que nos leva à conclusão de que a Arte, por si só, não redime ou santifica o artista. Ele necessitará, além dela, do cultivo do amor a Deus e ao próximo, da Excelência de uma fé inquebrantável nos princípios divinos, pois a lei que do Todo-Poderoso emanou, para orientar o trajeto evolutivo das criaturas, não foi diferente para os artistas. Foi, sim, a mesma, invariável, eterna: Amor a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.” (PEREIRA, Yvonne A. Devassando o Invisível. 3. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2009)

 4 – “Este cancro é o maior flagelo da Humanidade. Dele procedem todos os transtornos da vida social, as rivalidades das classes e dos povos, as intrigas, o ódio, a guerra. Inspirador de loucas ambições, o orgulho tem coberto de sangue e de ruínas este mundo e é ainda ele que origina os nossos padecimentos de além-túmulo, pois seus efeitos ultrapassam a morte e alcançam os nossos destinos longínquos. O orgulho não nos desvia somente do amor de nossos semelhantes, pois também estorva todo o aperfeiçoamento, engodando-nos com o nosso valor ou cegando-nos sobre os nossos defeitos.” (_______. Páginas de Léon Denis. 3. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1991)

 Site: www.wix.com/pedintedeamor/pedintedeamor
 Blog: http://pedintedeamor.blogspot.com/ E-mail: pedintedeamor@gmail.com

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Arte e Espiritismo



Francisco Cândido Xavier/Emmanuel*

Todo artista pode ser também um missionário de Deus?

- Os artistas, como os chamados sábios do mundo, podem enveredar, igualmente, pelas cristalizações do convencionalismo terrestre, quando nos seus corações não palpite a chama dos ideais divinos, mas, na maioria das vezes, têm sido grandes missionários das idéias, sob a égide do Senhor, em todos os departamentos da atividade que lhes é própria, como a literatura, a música, a pintura, a plástica.

Sempre que a sua arte se desvencilha dos interesses do mundo, transitórios e perecíveis, para considerar tão-somente a luz espiritual que vem do coração uníssono com o cérebro, nas realizações da vida, então o artista é um dos mais devotados missionários de Deus, porquanto saberá penetrar os corações na paz da meditação e do silêncio, alcançando o mais alto sentido da evolução de si mesmo e

seus irmãos em humanidade.

Pode alguém fazer-se artista tão só pela educação especializada em uma existência?

- A perfeição técnica, individual de um artista, bem como as suas mais notáveis características, não constituem a r

esultante das atividades de uma vida, mas de experiências seculares na Terra e na esfera espiritual, porquanto o gênio, em qualquer sentido, nas manifestações artísticas mais diversas, é a síntese profunda de vidas numerosas, em que a perseverança e o esforço se casaram para as mais brilhantes florações da espontaneidade.

Como poderemos entender o psiquismo dos artistas, tão diferente do que caracteriza o homem comum?

- O artista, de modo geral, vive quase sempre mais na esfera espiritual que propriamente no plano terrestre.

Seu psiquismo é sempre resultante do seu mundo íntimo, cheio de recordações infinitas das existências passadas, ou das visões sublimes que conseguiu apreender nos círculos de vida espiritual, antes da sua reencarnação no mundo.

Seus sentimentos e percepções transcendem aos do homem comum, pela sua riqueza de experiências no pretérito, situação essa que, por vezes, dá motivos à falsa apreciação da ciência humana, que lhe classifica os transportes como neurose ou anormalidade, nos seus erros de interpretação.

É que, em vista da sua posição psíquica especial, o artista nunca cede às exigências do convencionalismo do planeta, mantendo-se acima dos preconceitos contemporâneos, salientando-se que, muita vez, na demasia da inconsideração pela disciplina, apesar de suas qualidades superiores, pode entregar-se aos excessos nocivos à liberdade, quando mal dirigida ou falsamente aproveitada.

Eis por que, em todas as situações, o ideal divino da fé será sempre o antídoto dos venenos morais, desobstruindo o caminho da alma para as conquistas elevadas da perfeição.

Os Espíritos desencarnados cuidam igualmente dos valores artísticos no plano invisível para os homens?

- Temos de convir que todas as expressões de Arte na Terra representam traços de espiritualidade, muitas vezes estranhos à vida do planeta.

Através dessa realidade, podereis reconhecer que a arte, em qualquer de suas formas puras, constitui objeto da atenção carinhosa dos invisíveis, com possibilidades outras que o artista do mundo está muito longe de imaginar.

Com tantas qualidades superiores para o bem, pode o artista de gênio transformar-se em instrumento do mal?

- O homem genial é como a inteligência que houvesse atingido as mais perfeitas condições de técnica realizadora, por haver alcançado os elementos da espontaneidade; essa aquisição, porém, não o exime da necessidade de progredir moralmente, iluminando a fonte do coração.

Em vista de numerosas organizações geniais não haverem alcançado a culminância de sentimento é que temos contemplado, muitas vezes, no mundo, os talentos mais nobres encarcerados em tremendas obsessões, ou anulados em desvios dolorosos, porquanto, acima de todas as conquistas propriamente materiais, a criatura deve colocar a fé, como o eterno ideal divino.

De modo geral, todos os homens terão de buscar valores artísticos para a personalidade?

- Sim; através de suas vidas numerosas a alma humana buscará a aquisição desses patrimônios, porquanto é justo que as criaturas terrenas possam levar da sua escola de provações e de burilamento, que é o planeta, todas as experiências e valores, suscetíveis de serem encontradas nas lutas da esfera material.

Existem, de fato, uma arte antiga e uma arte moderna?

- a arte evolve com os homens e , representando a contemplação espiritual de quantos a exteriorizam, será sempre a manifestação da beleza eterna, condicionada ao tempo e ao meio de seus expositores.

A arte, pois, será sempre uma só, na sua riqueza de motivos, dentro da espiritualidade infinita.

Poderemos, contudo, que, se existe hoje grande número de talentos com a preocupação excessiva de originalidade, dando curso às expressões mais extravagantes de primitivismo, esses são os cortejadores irrequietos da glória mundana que, mais distanciados da arte legítima, nada mais conseguem refletir a perturbação dos tempos que passam, apoiando o domínio transitório da futilidade e da força. Eles, porém, passarão como passam todas as situações incertas de um cataclismo, como zangões da sagrada colméia da beleza divina, que, em vez de espiritualizarem a Natureza, buscam deprimi-la com as suas concepções extravagantes e doentias.

* As questões na íntegra, podem ser obtidas no livro O Consolador – FEB ( Federação Espírita Brasileira).

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

10 Questões sobre Arte e Espiritismo




Por Dora Incontri

1- Existe Arte Espírita?
Depende como se entende o conceito. A Arte não pode se tornar serva de idéias alheias a ela própria. Não se trata de fazer uma doutrinação através da Arte, porque senão deixa de ser Arte. O século XX já viu no que resultou a censura ideológica, através dos sistemas políticos totalitários, tanto de direita, quanto de esquerda. Historicamente, também viu-se que a Arte condicionada aos dogmas das igrejas resultou, muitas vezes, na anulação da criatividade individual.

2 - O que é Arte Espírita?
O espiritismo deve influenciar a Arte, transformando moralmente os artistas e abrindo-lhe os horizontes de sua cosmovisão. Naturalmente, se elevados espiritualmente e com uma compreensão mais larga da vida, transfundirão isto para sua arte. Mas antes é preciso ser artista. O artista espírita é que deve fazer a Arte espírita e não o espírita que queira fazer da Arte um instrumento de propaganda ideológica. Nesse sentido, ele presta um desserviço tanto à Arte, quanto ao Espiritismo.
A Arte espírita é aquela que eleva o padrão vibratório do homem, arran¬cando sua visão das mesquinharias do cotidiano, para lançá-lo ao infinito, para dar-lhe a certeza da eternidade, para infundir-lhe o ânimo interior de lutar e progredir sem cessar. Pode haver Arte espírita, sem que tenha o nome de espírita. Por exem¬plo, as obras produzidas pelos grandes artistas da humanidade, como um Beethoven, um Mozart, um Bach, ao pacificarem a alma humana, ao provomer-lhe a transcendên¬cia são muito mais espíritas do que esses hinozinhos que se fazem no movimento, destituídos de qualquer harmonia melódica, de qualquer conteúdo poético, de qualquer senso estético.

3 - Deve-se exercer censura na Arte?
A Arte não pode ter limites externos a ela própria. Não se trata de proibir um artista, ou ele próprio se auto-proibir, de resvalar para a violência ou para o sexo desenfreado. O artista verdadeira¬mente espírita, que já alcançou um padrão de elevação moral, simplesmente se des¬gosta da vulgaridade e da violência. Ou seja, a vul¬garidade, a violência são esteticamente feios e moralmente baixos. Mas não se pode reprimi-los ou proibi-los, é preciso transformar o homem, de modo que ele não apre¬cie mais a escravidão dos sentidos e as sensações inferiores, mas que se satisfaça com o belo, com o elevado, com o sensível… E, ao contrário do que se pensa, quanto mais elevado o artista, mais criativo e original. A genialidade de um artista não tem nada a ver com o abuso das sensações inferiores. Pode haver um artista mais genial do que Bach? E, no entanto, ele fazia toda a sua arte inspirada em pro¬fundos sentimentos religiosos…

4 - Há manifestações melhores ou piores de Arte? É possível medir?
Existe, sem dúvida alguma, uma arte melhor que a outra. Na medida que proceda de um espírito mais elevado, moral e intelectualmente. É difícil, ou talvez impossível, estabelecer critérios fixos de análise, porque a própria capacidade de analisar também depende do grau de amadurecimento espiritual. Mas poderíamos dizer a grosso modo que a melhor arte é a que nos infunde sentimentos mais eleva¬dos: a esperança, a perspectiva de eternidade e infinito, o amor universal, a paz etc. Disse sentimentos: porque a Arte não deve fazer discursos ideológicos, mas propor¬cionar antes de tudo estados de espírito elevados. É por isso que a melhor arte é também aquela que vai mais profunda e diretamente à alma, sem passar antes pelos ditames da lógica humana.

5 - A genialidade é sinônimo de elevação espiritual?
A sensibilidade artística é um dos aspectos que o homem deve de¬senvolver no decorrer de sua evolução. Mas pode alguém já ter desenvolvido numa certa medida essa sensibilidade e ainda não ter se elevado moralmente. É o caso de muitos artistas terrenos. Por isso, a Arte no planeta Terra, muitas vezes, acaba se transformando em fator de desequilíbrio e desencadeando paixões devastadoras. Quando um artista desenvolveu já em larga escala um senso estético, mas ainda permanece contagiado pelo orgulho, pela vaidade, por preconceitos hu¬manos, acaba fazendo uma arte genial, mas desequilibrada.
A responsabilidade de tais artistas existe sempre. E todo o desequi¬líbrio ou toda paz, todas as sombras ou todas as luzes, lançadas às multidões e à posteridade, através da Arte, repercutem durante séculos no espírito do artista. Todas as vezes que lemos um poeta, ouvimos uma música, vemos um quadro de al¬guém, que os tenha feito 100, 200 ou 500 anos atrás, as vibrações que experimen¬tamos, de elevação ou de desequilíbrio, atingem o autor. Se ele usou mal o seu poder de comunicação estética, terá de reparar, até que possa apagar da terra os efeitos de sua arte desequilibrada, substituindo-os por rastos de luz e paz. Não se trata de um castigo divino. Mas de uma questão de sintonia. Quando me impregno de uma manifestação artística, es¬tou me impregnando do autor que as fez e essa consonância de vibrações o al¬cançam, onde quer que ele esteja. Se as vibrações forem boas, o espírito terá ainda mais paz, se forem negativas, sentirá o tormento, as paixões e as sombras que seus ouvintes ou leitores estarão experimentando. (Há referências interessantes a esse respeito no livro "O problema do ser, do destino e da dor" de Léon Denis.) Seu tor¬mento será ainda maior se suas obras provocarem ações negativas concretas, como no caso de Goethe, cujo romance Werther desencadeou uma onda de suicídios na época (ver Kardec, na Revista Espírita, 1858).
Quanto à Arte mediúnica, a responsabilidade pelas suas conseqüências, positivas ou negativas, pertencem igualmente ao espírito e ao médium, porque este sempre permanece à testa das comunicações e pode decidir publicar ou não o que lhe foi ditado.

6 - Toda Arte é mediúnica?
A Arte mais elevada é mediúnica, no sentido amplo da palavra, isto é, quando o artista pode, se desprendendo do corpo, intuir, conceber, sentir, as belezas transcendentes do universo, do infinito, da eternidade. Mas é o próprio es¬pírito do artista que sente isso e expressa artisticamente.
Diferente é a Arte mediúnica mais específica, em que uma inteligência desencarnada se manifesta por outra, encarnada. Aí, o médium funciona como um in¬termediário do artista do além. Mas ele será tanto melhor médium, quanto melhor tenha desenvolvido, nesta ou em outras encarnações, os próprios dons artísticos.
Em ambos os casos, o melhor é que o estado de espírito esteja har¬mônico, para que haja um fluir mais natural da beleza.

7 - Qual deve ser o objetivo da Arte?
Harmonizar o indivíduo, elevá-lo, colocá-lo num estado de espírito de predisposição ao bem e o mesmo em relação à sociedade. O artista deve transmitir de forma bela e harmônica, os sentimentos do bem e do amor.


8 - O que é harmonia na Arte?
Harmonia na forma pode ser a coerência orgânica das partes, a beleza do conjunto. Do ponto de vista espiritual, trata-se da harmonia com as leis divinas, com o amor divino, com a beleza universal.

9 - A capacidade artística é sempre inata?
Há dons inatos, que devem ser estimulados e aperfeiçoados. Mas todos os homens em maior ou menor grau são capazes de manifestações artísticas, se receberem uma educação que lhes estimule e não abafe a criatividade.

10 - A Arte pode ser funcional, ter utilidade?
A melhor Arte é a funcional, não do ponto de vista material, mas espiritual. Isto é, a Arte verdadeira é útil ao espírito, como elemento de evolução. Mas há também a funcionalidade material; a arquitetura, por exemplo, é uma Arte que tem uma utilidade física ao homem, além das possíveis qualidades estéticas. Quanto mais o espírito evolui, mais ele se expressa artisticamente, porque tudo o que ele faz, é belo e toda a Arte que produz é útil às leis da evolução. Algum dia, atingiremos um estágio de evolução em que cada pensamento, cada palavra, cada ato nosso será uma obra de Arte. Deus é assim. Ele criou o Universo e em tudo o que existe, colocou o elemento estético: a harmonia, o equilíbrio, a beleza de suas leis, a coerência do conjunto.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Artista e Responsabilidade


Se me permitem, gostaria de levantar um aspecto com relação as conseqüências das imagens materializadas no palco. Temos falado das conseqüência para o artista, gostaria de lembrar das conseqüência para a platéia; bem como da responsabilidade deste (o artista) por tudo que marcou nas consciências que o assistiram. Primeiramente gostaria de refletir com a Doutrina Espírita, onde há relatos de espíritos artistas que retornam ao plano espiritual e ficam profundamente constrangidos com o resultado das imagens que deixaram plasmadas na Terra (Tolstoi, pelo que escreveu em”Ana Karenina” por exemplo), e igualmente envergonhados dos comentários que fazemos aqui na Terra de seus deslizes na vida privada (Choppin à Ivone Pereira).

Gostaria de juntar à esta reflexão o comentário tão conhecido que a Divina Comédia, de Dante Alighieri, tem inúmeros versos para descrever o inferno e o purgatório, e muito poucos para descrever o céu. Realmente meus irmãos, temos largo lastro de vivências de sombras e ilusões, o que nos torna mais fácil a “memória emotiva” destas situações.

Emmanuel nos diz que o artista colhe suas inspirações nos desdobramentos que realiza na espiritualidade, ou em suas vivências pregressas. Aonde temos colhido as nossas? Exorta também à compreensão ao psiquismo impressionável dos artistas.

Pensando como atriz…. Como é difícil não ceder ao desejo da platéia que nos assiste! No momento da apresentação se estabelece um vínculo inexplicável entre o ator e a platéia! O tempo para. Não existe mais neguem. Só aquela vida que incorporo e as vibrações dos que me assistem. Estas vibrações me enlaçam em cena e sou capaz de sentir cada desejo da platéia. Eles querem rir! Então eu os faço rir! Que prazer fazer rir! Eles querem chorar, eu os faço chorar! É como se eu fosse um sensível instrumento tocado pelas mãos que me assistem. As vibrações então vivenciadas nesta troca voltam para mim. Fixam em mim, começam a fazer parte do meu perispírito, interferem no meu psiquismo e acionam vinculações espirituais similares (boas ou más, de acordo com o teor plasmado). Esta vivência é repetida pelo número de apresentações. Isto fica comigo.

Agora as idéias que eu defendi (declaradas ou subliminares), imagens que eu acionei, sentimentos que eu provoquei em cada um da platéia ficam com eles: começam a fazer parte de seu mundo mental, penetram na intimidade dos seus pensamentos e podem funcionar como estímulos para comportamentos que desejam justificar ou endossar. Isto é responsabilidade minha!

Todo relacionamento demanda responsabilidade. O artista se relaciona com multidões. Pensando com Jesus… “O que escandalizar a um destes pequeninos que crêem em mim, melhor seria que pendurasse ao pescoço uma mó de atafona, e o lançassem ao fundo do mar. Ai do mundo, por causa dos escândalos. Por que é necessário que sucedam os escândalos, mas ai daquele homem por quem vem o escândalo.

Ora, se a tua mão, ou o teu pé te escandaliza, corta-o e lança-o fora de ti.” Todos que sobem ao palco para plasmar seus compromissos com a Doutrina Espírita, sobem em nome de Jesus.

Chegando às minhas conclusões: Penso que o artista espírita deve ter profunda responsabilidade com a obra que cria e a repercussão desta obra nas consciência que vão “aprecia-la”.

Quem terá a coragem de abraçar o desafio de dar forma a imagens que promovam a evolução dos que os assistem? Que façam a maiêutica da Luz nos que estão na platéia? Que elevem seus pensamentos às belezas eternas?! O que será de nós se não abraçarmos as elevadas vibrações desta doutrina?

As platéias agora são outras… são de espíritos espíritas. Foi está platéia que nos foi direcionada nesta reencarnação (por injunção do nosso planejamento reencarnatório).

Muitas vezes não são os pequeninos que buscam novamente Jesus, agora no espiritismo? Por que não alimentar suas esperanças de crescer?! Se não são platéias espíritas nossa responsabilidade é maior, pois nossa postura falará pela causa que esposamos.

Citando novamente Emmanuel, em seus romances, este espírito descreve cenas terríveis (como a morte de Simeão em Há 2000 anos), mais em nenhum momento enquanto fazemos sua leitura caímos na sintonia, ao contrário, sublimamos, vivenciando o nível de testemunho de fé de Simeão por Jesus.

É uma história que é narrada por um espírito evangelizado, que não oculta as trevas, mas dá seu real valor diante da Luz. Alem de ter fixada em mim as vibrações dos meus personagens, ainda terei o ônus de responsabilidade da obra criada.

Chegou a hora de colhermos o ônus de uma obra que nos liberta, nos traz paz à consciência. Nova era! Era do Espírito na Terra!

Sugiro: Quando entrardes em cena, e a cortina se abrir, imagine… Sentado à primeira fileira, na cadeira central, esta Jesus.

O que ele acharia da tua arte?

De que valeria uma obra espírita se não tiver o peso de um passe.

Um grande abraço a todos!

Elaine (Santos/SP)

Fonte: Lista do Fórum da ABRARTE



quarta-feira, 3 de março de 2010

A DECADÊNCIA DA ARTE


Weimar Muniz de Oliveira

“Não alcança a arte sua plena dignidade quando se limita a proporcionar prazer aos homens sem excitar, ao mesmo tempo, seu entusiasmo por tudo aquilo que faz a grandeza da vida.” ( J. Reynaud – “Terre et Ciel”)

A ARTE , como já se conceituou, é toda atividade realizada com capricho e beleza, ou, como quer Luiz de Camões, na segunda estrofe de “Os Lusíadas”:
“...Cantando espalharei por toda parte, se a tanto me ajudar o engenho e arte.”
Em matéria de arte nobre, se assim podemos nos expressar, no intuito de definir as atividades mais cultivadas e mais expressivas do HOEMM, o terrícola tem pouca capacidade ainda de captação e absorção da ARTE, de vez que a Verdadeira Arte é aquela que mais se aproxima da perfeição, ou seja, do Belo e do Bem.
Não basta, pois, a forma primorosa, mas também o conteúdo consistente, altruísta e em harmonia com as leis da Natureza, em sua inquestionável dualidade, isto é, física e extrafísica.
Assim é que aquele que tem uma pobre concepção da vida, do Criador e das coisas, não poderá produzir senão o que demora no âmago do seu ser, ou seja uma caricatura de arte.
E é desse nível ainda a grande maioria dos habitantes da Terra.
Daí a visão distorcida da Arte por essa maioria. Dão também, nesse final de ciclo planetário, a inegável decadência das artes, em todos os seus ângulos, reconhecidas e feitas as honrosas exceções.
O resultado dessas atividades, tidas como Arte, mais não representa do que o furto da semeadura, na gleba lamentável do materialismo.
Assim escrevia Allan Kardec, em Obras Póstumas:
“A decadência das artes neste século, resultou inevitavelmente da concentração dos pensamentos sobre as coisas materiais, concentração essa que, a seu turno, é o resultado da ausência de toda crença, de toda fé na espiritualidade do ser. O século apenas colhe o que semeou. Quem semeia pedras não pode colher frutos, senão por meio de uma reação no sentido das idéias espiritualistas”.
Os temas de arte, terra-terra, já tão minados, têm que dar lugar às outras motivações e concepções mais elevadas da vida, do destino e da natureza.
Tornam-se oportunas as candentes palavras de Rubens C. Romanelli, de saudosa menória, ex-professor de Filosofia e Lingüística da UFMG:
“Homem! Sobrepõe-te, por um instante, às solicitações de teu corpo e detém-te na consideração de teu próprio mistério.”

Em verdade, nada vês, senão aparências da realidade, manifestações fenomênicas do conteúdo íntimo e incógnito das coisas.

Transcende a contingência de teu ser corpóreo, a fim de te pores em contato com o absoluto de tua essência.

Reconcilia-te, pois, contigo mesmo e sê a sentinela avançada de tua integridade espiritual. Volve ao teu mundo interior e entra na possa de teu próprio ser. Sim, possui-te, porque não há maior conquista do que a conquista de si mesmo.” ( O Primado do Espírito – 2ª ed. Belo Horizonte 1960, p.61-63).

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Educação e Arte




Lembrando a arte de pregar do apóstolo dos gentios poderíamos dizer:
Ainda que eu pintasse as belas paisagens da Terra ou expressasse em aquarela ou acrílico as paragens mais sutis do mundo dos espíritos, se não mantivesse harmonia espiritual, seria como o fruto verde aguardando o amadurecimento.
Ainda que eu dançasse pelos palcos mais famosos da Terra e meus passos de tão leves, se assemelhassem ao planar dos pássaros, se não tivesse caridade na coreografia reparadora do lar, seria como um alienado na via pública que chama atenção por um segundo, para logo cair no esquecimento.
Ainda que escrevesse as mais sublimes estrofes e meus poemas franqueassem a entrada do meu nome em todas as Academias de Letras, se não vibrasse o amor em mim, seria como os avisos inoportunos que ninguém se interessa em ouvir.
E ainda que a mais perfeita representação encenasse, que o drama, o suspense, a comédia dominasse, e todos os prêmios de teatro na minha estante posassem, se não tivesse educação espiritual, seria como bijuteria atraente que conquista à primeira vista, para depois perder o brilho.
E mesmo que eu brincasse com as notas musicais a ponto de aproximar-me dos sons singulares e belos da Natureza, e fossem na Terra erguidos monumentos à minha sonora realeza, se não tivesse postura moral, seria como a luz de um vaga-lume intermitente e passageira.
Ser artista sem educar-me, para mim que sou espírito, ...que engano, que ilusão.
Para mim que conheço o Espiritismo como uma obra de Educação do Espírito, não posso compreender a Arte fora do contexto da Evangelização.
A Educação é calma, é operante, é criativa, é emocionante, não se irrita com o erro, não se inquieta com o tempo.
Não trata a todos com igualdade, não perde de vista a individualidade.
Não se dissocia da espiritualidade, nem deturpa a verdade.
A Educação tudo amplia, tudo transforma, tudo redime, tudo alicerça, tudo promove.
A Arte é expressiva, é vibrante, é reflexiva, é ferramenta, é instrumento, não se macula com os desequilíbrios do artista, mas traduz fielmente muitas vezes sua inquietação, não se confina em limites, podendo a Divindade alcançar.
Não propõe o suicídio dos ídolos, nem a loucura dos fãs.
A Arte enobrecida, divinizada, tudo embeleza, tudo eleva, tudo trabalha, tudo aprimora, tudo desperta.
Na Pedagogia do Amor, que há de despertar os Espíritos, a Arte é disciplina essencial.
Os desatinos dos personagens, alertam os educandos.
Os textos norteadores e sérios fazem vibrar as cordas frouxas da vontade debilitada.
A estética pode ser trabalhada, mas os pensamentos e os sentimentos são a prioridade.
As manifestações artísticas estimulam a vivência, mas as lições propostas serão a base da existência.
Arte que não contribui para educar é arte alienada da Lei Divina de Progresso e Evolução...
Com a criatividade inigualável que lhe era característica, Jesus compôs as mais lindas estórias literárias para descrever o "Reino de Deus" que deve instalar-se na consciência individual de cada um de nós.
Usa a criatividade e a beleza da Arte para modelar o protótipo ideal do "homem novo" que será aquele que hoje se apresenta à tua frente como Espírito sedento de educação com amor.

Evangelização de Espíritos
Núcleo Santos

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Aos Artistas


Os artistas somos médiuns da beleza, cultivemos pois em nós a abnegação e a humildade, filtros indispensáveis para que sejamos instrumentos úteis, das mãos divinas do Artista Maior.
Eis que depositou em nossas mãos os pigmentos e os planos para que viéssemos a lapidar o homem em nós e o homem-irmão instituído em cada um que compartilha de nossa jornada.
É esse o nosso compromisso: o de levar ao homem hodierno a lembrança do Divino Pai, Deus de amor, Deus da Beleza, Deus da Glorificação, que esquecemos nos séculos anteriores, emoldurando-O nos altares de pedras preciosas e de aurífero metal, levando às fogueiras e masmorras da intolerância e do desmando em Seu Santo Nome, preciosos irmãos, emissários por Ele enviados, como na Parábola do Festim das Bodas, porque assim seria e haveria de ser, para que se cumprissem as palavras do Cristo, e porque Este, pastor cuidadoso, muito bem conhecia seu rebanho, chegando mesmo a profetizar seus passos, antecipando suas perdições e colocando-lhes nos caminhos homens e ações que os alertassem e os avisassem buscando fazê-los retroceder.
Assim, busquemos também no exercício do nosso dia, através dos talentos da Arte e da Mediunidade, encontrar estes mensageiros, estes avisos, estes alertas a nos mostrarem os caminhos da perdição e nos conduzirem para distante dali.
Busquemos em cada uma de nossas ações a possibilidade de exercer esta função que Deus nos outorgou: levemos a Beleza, levemos a paz, aprendamos e ensinemos com este exercício, edificando e construindo, desta vez de forma correta, com a nossa arte, o caminho traçado pelo Cristo.
Sim, amigos, muitos de nós não recebemos pela primeira vez os dons da arte ou mesmo da mediunidade. Mas a maioria de nós é verdade, as usamos de maneira reproxável. Reunidos, suplicamos nova oportunidade.
Hei-nos aqui. Pois que saibamos fazer desta uma oportunidade valiosa e uma realização verdadeira para que possamos reiniciar o caminho adrede desviado.
Quem fomos, não mais importa, se nossos nomes foram reconhecidos e se merecemos aplausos e longas notas na imprensa, tudo isto de nada nos serviu, ao adentrarmos o pórtico da morte. E muitos de nós, na verdade, se viu despido, sem maquiagem, sem figurino e principalmente sem as luzes da ribalta e sem os aplausos de outros, para reconhecer-se falido, vil e devedor.
Agora, recomecemos, fortifiquemo-nos, seguindo adiante. Pois é o presente que conta e o futuro nos aparece em rasgos de esperanças.
Coloquemo-nos em marcha pois.
Pela Paz, através da Arte e pelo exemplo de Jesus, para a glorificação do Reino de Deus na Terra.

Adolfo ( Espírito) - Denize de Lucena ( médium)
13 de agosto de 2002

PSICOGRAFIA REALIZADA NA REUNIÃO DE ESTUDO DA MEDIUNIDADE

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Espiritismo na Arte

A beleza é um dos atributos divinos. Deus colocou nos seres e nas coisas esse misterioso encanto que nos atrai, nos seduz, nos cativa e enche a alma de admiração, às vezes de entusiasmo.
A arte é a busca, o estudo, a manifestação dessa beleza eterna, da qual aqui na Terra não percebemos senão um reflexo. Para contemplá-la em todo o seu esplendor, em todo o seu poder, é preciso subir de grau em grau em direção à fonte da qual ela emana, e esta é uma tarefa difícil para a maioria de nós. Ao menos podemos conhecê-la através do espetáculo que o universo oferece aos nossos sentidos, e também através das obras que ela inspira aos homens de talento.
O espiritismo vem abrir para a arte novas perspectivas, horizontes sem limites. A comunicação que ele estabelece entre os mundos visível e invisível, as informações fornecidas sobre as condições da vida no Além, a revelação que ele nos traz das leis superiores de harmonia e de beleza que regem o universo, vem oferecer a nossos pensadores, a nossos artistas, inesgotáveis temas de inspiração.
A observação dos fenômenos de aparição proporciona a nossos pintores imagens da vida fluídica, das quais James Tissot já pôde tirar proveito nas ilustrações de sua Vie de Jésus (Vida de Jesus). Oradores, escritores, poetas, encontrarão nesses fenômenos uma fonte fecunda de idéias e de sentimentos. O conhecimento das vidas sucessivas do ser, sua ascensão dolorosa através dos séculos, o ensinamento dos espíritos a respeito dessa grandiosa questão do destino, lançarão, em toda a história, uma inesperada luz, e fornecerão ainda aos romancistas, aos poetas, temas de drama, móbeis de elevação, todo um conjunto de recursos intelectuais que ultrapassarão em riqueza tudo o que o pensamento já pôde conhecer até o momento.
Quando refletimos a respeito de tudo o que o espiritismo traz à humanidade, quando meditamos nos tesouros de consolação e de esperança, na mina inesgotável de arte e de beleza que ele vem lhe oferecer, sentimo-nos cheios de piedade pelos homens ignorantes e pérfidos cujas malévolas críticas não tem outra finalidade senão tirar o crédito, ridicularizar e até mesmo sufocar a idéia nascente cujos benefícios já são tão sensíveis. Evidentemente essa idéia, em sua aplicação, necessita de um exame, de um controle rigoroso, mas a beleza que dela se desprende revela-se deslumbrante a todo pesquisador imparcial, a todo observador atento.
O materialismo, com sua insensibilidade, havia esterilizado a arte. Esta arrastava-se na estreiteza do realismo sem poder elevar-se ao máximo da beleza ideal. O espiritismo vem dar-lhe novo curso, um impulso mais vivo em direção às alturas, onde ela encontra a fonte fecunda das inspirações e a sublimidade do gênio.
O objetivo essencial da arte, já dissemos, é a busca e a realização da beleza; é, ao mesmo tempo, a busca de Deus, uma vez que Deus é a fonte primeira e a realização perfeita da beleza física e moral.
Quanto mais a inteligência se purifica, se aperfeiçoa e se eleva, mais se impregna da idéia do belo. O objetivo essencial da evolução será, portanto, a busca e a conquista da beleza, a fim de realizá-la no ser e em suas obras. Tal é a regra da alma em sua ascensão infinita.
Já aí impõe-se a necessidade das existências sucessivas como meio de adquirir, através de esforços contínuos e graduais, um sentido cada vez mais preciso do bem e do belo. O inicio é modesto aqui no plano terrestre: a alma prepara-se primeiramente através de tarefas humildes, obscuras, apagadas; em seguida, pouco a pouco, em novas etapas, o espírito adquire a dignidade de artista. Mais além ainda, ele se abrirá às concepções amplas e profundas, que são privilégio dos gênios, e tornar-se-a capaz de realizar a lei suprema da beleza ideal.
Na Terra nem todos os artistas inspiram-se nesse ideal superior. A maior parte limita-se a imitar o que chamam "a natureza", sem se aperceberem de que é apenas um dos aspectos da obra divina. Porém no espaço a arte se reveste, ao mesmo tempo, das mais sutis e mais grandiosas formas, e ilumina-se com um reflexo divino.
É por esse motivo que neste estudo fizemos questão de consultar sobretudo nossos espíritos guias, de recolher e resumir seus ensinamentos. Nos domínios onde eles vivem, as fontes de inspirações são mais abundantes, o campo de ação amplia-se; o pensamento, a vontade, o poder supremo afirmam-se e resplandecem com mais intensidade.
*
A arte, sob suas diversas formas, é a expressão da beleza eterna, uma manifestação da poderosa harmonia que rege o universo; é a irradiação do Alto que dissipa as brumas, as obscuridades da matéria, e faz-nos entrever os planos da vida superior. Ela é, por si mesma, rica em ensinamentos, em revelações, em luz. Ela encaminha a alma para as regiões da vida espiritual, que é sua verdadeira vida, e a que ela aspira a reencontrar um dia.
A arte bem compreendida é poderoso meio de elevação e renovação. É a fonte das mais puras alegrias; ela embeleza a vida, sustenta e consola nas provas e traça com antecedência para o espírito os caminhos do céu. Quando ela é sustentada, inspirada por uma fé sincera, por um nobre ideal, a arte é sempre uma fonte fecunda de instrução, um meio incomparável de civilização e aperfeiçoamento.
Porém, com bastante frequência nos dias atuais, ela é aviltada, desviada de seu objetivo, subjugada a mesquinhas teorias de escola e é sobretudo considerada um meio de se chegar à fortuna, às honras terrestres. E empregada para lisonjear as más paixões, para superexcitar os sentidos e assim faz-se dela um meio de rebaixamento.
Quase todos aqueles que receberam a sagrada missão de encaminhar as almas para a perfeição esquivaram-se dessa tarefa. Tornaram-se culpados de um crime ao se recusarem a instruir e a iluminar as sociedades e ao perpetuarem a desordem moral e todos os males que recaem sobre a humanidade. Assim explicam-se a decadência da arte em nossa época e a ausência de obras fortes.
O pensamento de Deus é a fonte das altas e sãs inspirações. Se nossos artistas soubessem dai extrair algo, encontrariam o segredo das obras imperecíveis e as maiores felicidades. O espiritismo vem oferecer-lhes os recursos espirituais dos quais nossa época necessita para regenerar-se. Ele nos faz compreender que a vida, em sua plenitude, não e outra coisa senão a concepção e a realização da beleza eterna.
Viver, é sempre subir, sempre crescer, sempre desenvolver em si o sentimento e a noção do belo.
As grandes obras não são elaboradas senão no recolhimento e no silêncio, ao preço de longas meditações e de uma comunhão mais ou menos consciente com o mundo superior. A algazarra das cidades pouco convém à elevação do pensamento; ao contrário, a calma da natureza, a profunda paz das montanhas, facilitam a inspiração e favorecem a eclosão do gênio. Assim verifica-se uma vez mais o provérbio árabe: o ruído pertence aos homens, o silêncio pertence a Deus!
O espírita sabe que imenso auxílio a comunhão com o Além, com os espíritos celestes, oferece ao artista, ao escritor, ao poeta. Quase todas as grandes obras tiveram colaboradores invisíveis.
Essa associação fortifica-se e acentua-se através da fé e da prece. Estas permitem que as forças do Alto penetrem mais profundamente em nós e impregnem todo o nosso ser. Mais do que qualquer outro, o espírita sente as poderosas correntes que passam nas frontes pensativas e inspiram idéias, formas, harmonias, que são como o material do qual o gênio se servirá para edificar sua soberba obra.
A consciência dessa colaboração dá a medida de nossa fraqueza; ela nos faz compreender que parcela vem da influência de nossos irmãos mais velhos, de nossos guias espirituais, daqueles que, do espaço, debruçam-se sobre nós e nos assistem nos trabalhos. Ela nos ensina a nos mantermos humildes no sucesso. É o orgulho do homem que esgotou a fonte das grandes inspirações. A vaidade, defeito de muitos artistas, torna insensível o espírito e afasta as grandes almas que consentiriam em protegê-los. O orgulho forma como que uma barreira entre nós e as forças do Além.
O artista espírita tem consciência de sua própria indigência, porém sabe que acima de si abre-se um mundo sem limites, pleno de riquezas, de tesouros incalculáveis, perto dos quais todos os recursos da Terra são apenas pobreza e miséria. O espírita tem também conhecimento de que esse mundo invisível, se deste ele souber tornar-se digno purificando seu pensamento e seu coração, pode tomar mais intensa a ação do Alto, fazê-lo participar de suas riquezas através da inspiração e da revelação, e dela impregnar obras que serão como que um reflexo da vida superior e da glória divina.
Espiritismo na Arte
Léon Denis

Fala ao artista espírita

Para ser um artista espírita não basta só trabalhar com o conteúdo espírita cristão, mas implica sobretudo aplicar esse conteúdo em si mesmo. O Evangelho diz que a boca fala do que está cheio o coração. No coração do artista espírita deve estar o evangelho. Quão belas não serão as obras artísticas de um coração repleto de disciplina e de caridade. E como nos disse São Paulo: "A caridade é paciente, é benigna; a caridade não é invejosa, não se ensoberbece, não é ambiciosa, não busca os seus próprios interesses... tudo tolera, tudo crê, tudo espera, tudo sofre."
Irmão, tua responsabilidade é tua postura. Tua sintonia, é tua missão. Renove os quadros mentais de tua alma para neles esculpir tua obra de arte. Renova a qualidade de teus sentimentos para neles colher as novas sinfonias de Amor.
Leonardo Da Vinci não tirou as suas obras do nada, ele as colheu das infinitas criações mentais que emitia em profusão ao seu redor. Ludwig Van Beethoven produziu suas obras da jardinagem dos séculos, e gerou sinfonias a partir das infinitas harmonias produzidas por seus sentimentos.
O artista espírita tem como compromisso e responsabilidade tornar-se antes de tudo artífice de seus pensamentos e sentimentos.
Pintai obras de arte em vossos quadros mentais. Produzi com vossos sentimentos sinfonias de amor, harmonia e bondade. Elevemos nossa sintonia a altura de quem buscamos. Busquemos ser artistas do Cristo, Artistas do Pai, Médiuns do palco.
Esqueçamos nossas tolas vaidades, e despojados de nosso amor próprio subamos em direção ao Pai. Ampliemos nossa vibração, e como médiuns do amor possamos brilhar a nossa luz, somada a de muitos da espiritualidade maior. Luz essa a ser refletida em toda platéia.
A obrigação primeira de um artista espírita é fazer de sua vida uma obra de harmonia e beleza. "Buscai primeiro o reino de Deus e tudo o mais vos será dado em acréscimo."
Mas aquele que percorrer esse caminho encontrará flores sem conta, não as palmas da humanidade, mas o apoio e sustentação dos amigos espirituais que distribuem a mancheia sua luz.
Temos que nos tornar campos fecundos a profusão das sementes daqueles que nos inspiram. Este campo tem que estar pronto para a árvore crescer.
O Artista Espírita tem como código de conduta o Evangelho de Jesus.
Como já vos foi dito, a mostra é pura luz. É um fluxo energético de luz pulsante que é emanada por todo aquele que tem como propósito máter divulgar os postulados de Jesus, fundamentado na codificação de Kardec.
As vibrações que emanam dos irmãos que se propõem a realizar de fato um ato de criação dentro da arte, já os envolvem imediatamente neste dínamo gerador de energias.
A beleza da arte está na simplicidade e na pureza de quem trabalha com ela. O traço tremulo de um pincel, o passo incerto das sapatilhas, a pena afoita do poeta, o acorde frágil do músico e a inexperiência do ator, são infinitamente brindados e amparados por todo o plano superior que na grande maioria das vezes nos é invisível mas está sempre ativo. Amigos, estes são os nossos artistas, é essa a energia que buscamos. A conquista estética das grandes produções deve antes ser burilada, e vem depois da conquista da pureza e da simplicidade de cada um.
Nossas portas se destrancam, nossas cortinas se abrem e nossos corações pulsam de alegria. Queremos ver nossos amigos juntos, criando, gerando. É a arte espírita cuja responsabilidade pousa nos ombros de cada um de nós. Adentrai o palco, trazei vossa luz, trazei vossa arte, vossos temas espíritas. A codificação é eloquente e rica, não precisamos de inspiração fora dela, nossos trabalhadores são os artistas de Jesus, não precisamos de mãos externas, essas mãos irão se juntar às nossas, porém no momento oportuno.
Vamos vibrar para que nossa pequenina luz ainda que fosca, possa se unir à do irmão da outra casa espírita. Surgirá daí o verdadeiro contexto da união, alicerçado primeiro no trabalho lado a lado nos "palcos" da vida. Vamos arejar nossas casas mentais e manter nossos canais limpos, para que através dos atributos básicos que nós espíritos temos e que são o Pensamento e a Vontade, possamos conduzir esta "grande família unida" A CAMINHO DA LUZ.
Evangelização de Espíritos- Núcleo Santos/SP

Arte espírita, arte!

Limitado seria eu, se te inserisse apenas na arte com temática espírita, ou na arte ditada pelos espíritos "desencarnados", na arte da nova era, na ferramenta de divulgação da doutrina, ou naquela que é poderosíssima para educar. Limitado seria ainda meu raciocínio se tentasse te enquadrar limitando-te a estilos, modas ou períodos.
Na educação seria onde grande aproveitamento terias, mas é algo além disso.
Arte espírita é a arte do amor. Do saber doar, do saber amar.
É esta arte que vai te modificar interiormente, pois se queres expressar o belo com dignidade e verdade, tens que ser belo interiormente, dignamente e verdadeiramente.
Esta arte projeta-se para apenas uma pessoa do público: Jesus.
Recebe como pagamento apenas uma moeda: evolução do ser. Inicia-se quando tu foste criado e tem como ato final, chegar ao Pai.
Teatro Espírita é aquele realizado por um grupo que sabe que o único diretor é Jesus, seu elenco somos nós e suas diretrizes estão no Evangelho.
Música Espírita é aquela em que a harmonia está compassada com o pulsar do coração de Jesus.
Poesia Espírita banha-se em rimas ditadas pelo amor do Cristo.
Pintura Espírita forja-se nos alicerces multicolores da existência do Mestre.
Não procuramos formas, mas a forma exata de expressar nossos sentimentos.
Serás bela quando meus sentimentos forem belos. Serás simples quanto mais simples e humilde buscares tua evolução.
Retratarás em quadros belos, tua transformação interior, soarás em canções sublimes quando o amor ecoar em teu coração, falarás em prosa quando em teu peito rimarem as palavras de Jesus, e representarás tua realidade quando encontrar-te em evolução constante no palco que levar ao Pai.
Fazer arte espírita afasta a platéia dos interessados e atrai a dos que te ama e te compreende. Vê no sorriso de uma criança o reconhecimento, e não nos elogios frígidos. Carrega no peito a arte do amor, a arte da evolução.
Compreender o estágio em que te encontras e planejar vôo a esferas maiores será o tema da tua arte interior.
Serás artista da luz quando clareares o porvir do teu irmão.
Serás artista do amor, quando amares plenamente a toda humanidade.
Serás artista em plenitude quando conheceres a ti mesmo, explorares tuas potencialidades e direcioná-las no caminho da tua renovação.
Inspiração não vem só dos que teus olhos vêem. Vem do íntimo de cada ser. Expressar o que tu és.
Podes mascarar nas noites de teatro, mas ao deitares, todos conhecerão tua arte. Se foi nobre ou digna, não será a platéia que te assistiu que saberá dizer, mas serás tu em conversa com o Criador que poderás avaliar.
Busca-te. Interioriza-te. Conhece-te. Ama-te. Busque o próximo.
Interage com o próximo. Conheça o próximo. Ame o próximo. Evoluam juntos.
Arte, se és ferramenta, abre meu peito como um machado, explora meus sentimentos como um buril, corrige meus erros como uma lima, corrige áreas pontiagudas, articula-me melhor como uma graxa faz com os rolamentos, prega em meu peito conceito firmes com o martelo do conhecimento, tira de dentro de mim as formas negativas como uma serra separa o útil do inútil. Concerta meu querer com as chaves da transformação.
Arte, se és ferramenta, sou tua peça. Dá nova forma a meu ser.
Sirvo-te, serve-me. Transformar-me-ei.
Evangelização de Espíritos
Núcleo Santos

Fala ao artista espírita


Para ser um artista espírita não basta só trabalhar com o conteúdo espírita cristão, mas implica sobretudo aplicar esse conteúdo em si mesmo. O Evangelho diz que a boca fala do que está cheio o coração. No coração do artista espírita deve estar o evangelho. Quão belas não serão as obras artísticas de um coração repleto de disciplina e de caridade. E como nos disse São Paulo: "A caridade é paciente, é benigna; a caridade não é invejosa, não se ensoberbece, não é ambiciosa, não busca os seus próprios interesses... tudo tolera, tudo crê, tudo espera, tudo sofre."
Irmão, tua responsabilidade é tua postura. Tua sintonia, é tua missão. Renove os quadros mentais de tua alma para neles esculpir tua obra de arte. Renova a qualidade de teus sentimentos para neles colher as novas sinfonias de Amor.
Leonardo Da Vinci não tirou as suas obras do nada, ele as colheu das infinitas criações mentais que emitia em profusão ao seu redor. Ludwig Van Beethoven produziu suas obras da jardinagem dos séculos, e gerou sinfonias a partir das infinitas harmonias produzidas por seus sentimentos.
O artista espírita tem como compromisso e responsabilidade tornar-se antes de tudo artífice de seus pensamentos e sentimentos.
Pintai obras de arte em vossos quadros mentais. Produzi com vossos sentimentos sinfonias de amor, harmonia e bondade. Elevemos nossa sintonia a altura de quem buscamos. Busquemos ser artistas do Cristo, Artistas do Pai, Médiuns do palco.
Esqueçamos nossas tolas vaidades, e despojados de nosso amor próprio subamos em direção ao Pai. Ampliemos nossa vibração, e como médiuns do amor possamos brilhar a nossa luz, somada a de muitos da espiritualidade maior. Luz essa a ser refletida em toda platéia.
A obrigação primeira de um artista espírita é fazer de sua vida uma obra de harmonia e beleza. "Buscai primeiro o reino de Deus e tudo o mais vos será dado em acréscimo."
Mas aquele que percorrer esse caminho encontrará flores sem conta, não as palmas da humanidade, mas o apoio e sustentação dos amigos espirituais que distribuem a mancheia sua luz.
Temos que nos tornar campos fecundos a profusão das sementes daqueles que nos inspiram. Este campo tem que estar pronto para a árvore crescer.
O Artista Espírita tem como código de conduta o Evangelho de Jesus.
Como já vos foi dito, a mostra é pura luz. É um fluxo energético de luz pulsante que é emanada por todo aquele que tem como propósito máter divulgar os postulados de Jesus, fundamentado na codificação de Kardec.
As vibrações que emanam dos irmãos que se propõem a realizar de fato um ato de criação dentro da arte, já os envolvem imediatamente neste dínamo gerador de energias.
A beleza da arte está na simplicidade e na pureza de quem trabalha com ela. O traço tremulo de um pincel, o passo incerto das sapatilhas, a pena afoita do poeta, o acorde frágil do músico e a inexperiência do ator, são infinitamente brindados e amparados por todo o plano superior que na grande maioria das vezes nos é invisível mas está sempre ativo. Amigos, estes são os nossos artistas, é essa a energia que buscamos. A conquista estética das grandes produções deve antes ser burilada, e vem depois da conquista da pureza e da simplicidade de cada um.
Nossas portas se destrancam, nossas cortinas se abrem e nossos corações pulsam de alegria. Queremos ver nossos amigos juntos, criando, gerando. É a arte espírita cuja responsabilidade pousa nos ombros de cada um de nós. Adentrai o palco, trazei vossa luz, trazei vossa arte, vossos temas espíritas. A codificação é eloquente e rica, não precisamos de inspiração fora dela, nossos trabalhadores são os artistas de Jesus, não precisamos de mãos externas, essas mãos irão se juntar às nossas, porém no momento oportuno.
Vamos vibrar para que nossa pequenina luz ainda que fosca, possa se unir à do irmão da outra casa espírita. Surgirá daí o verdadeiro contexto da união, alicerçado primeiro no trabalho lado a lado nos "palcos" da vida. Vamos arejar nossas casas mentais e manter nossos canais limpos, para que através dos atributos básicos que nós espíritos temos e que são o Pensamento e a Vontade, possamos conduzir esta "grande família unida" A CAMINHO DA LUZ.
Evangelização de Espíritos- Núcleo Santos

Perante a Arte

Colaborar na cristianização da arte, sempre que se lhe apresentar ocasião.
A arte deve ser o Belo criando o Bom.
Repelir, sem crítica azeda, as expressões artísticas torturadas que exaltem a animalidade ou a extravagância.
O trabalho artístico que trai a Natureza nega a si próprio.
Burilar incansavelmente as obras artísticas de qualquer gênero.
Melhoria buscada, perfeição entrevista.
Preferir as composições artísticas de feitura espírita integral, preservando-se a pureza doutrinária.
A arte enobrecida estende o poder do amor.
Examinar com antecedência as apresentações artísticas para as reuniões festivas nos arraiais espíritas, dosando-as e localizando-as segundo as condições das assembléias a que se destinem.
A apresentação artística é como o ensinamento: deve observar condições e lugar.
Conduta Espírita
Francisco C. Xavier e Waldo Vieira – André Luiz

Cultura do espírito

A cultura do Espírito é a cultura da luz, da paz, do amor!A cultura do Espírito é a expressão sublime de seres evolvidos a Deus!Na cultura do Espírito o saber é pautado na verdade. É pautado na libertação e não na dominação.Cultura é o produto dos processos vivenciais de um povo. Povo é um conjunto de seres que dividem as oportunidades, ocupando um mesmo espaço/tempo.Na contemporaneidade vive-se cultura, no passado apreende-se cultura, no futuro constrói-se cultura.Cultura é o modo de fazer, é o modo de ver, é o modo de pensar e faz o modo de ser!Assim, imaginemos o que é a cultura do Espírito!É o modo de fazer o bem, é o modo de ver a Deus, é o modo de pensar a verdade e faz o modo de Ser Amor, Ser Luz!Implanta-se na Terra a nova Revolução Cultural! É o processo de implantação da cultura do Espírito.Na Ciência, buscar a Deus!Na Música, cantar Deus!Na Pintura, pintar Deus!Na Literatura, escrever Deus!Na Escultura, esculpir Deus!No Teatro, encenar Deus!Na Educação, ensinar e aprender Deus!Os objetivos convergem para a luz, direcionam para o bem!Conhecimentos novos sensibilizam, imagens elevadas se criam, sons harmoniosos envolvem, traços definidos despertam, contornos cheios de beleza elevam, palavras no bem articuladas educam, cenas de verdade ensinam, evangelizam!Momentos elevados da expressão do Espírito, construídos na vontade de encontrar a Deus, libertam e engrandecem o homem!Veículos de comunicação traduzem nossas conquistas de luzes! Cores, sons, vibrações harmoniosas sintonizadas com o alto envolvem a Terra! O homem se regenerou!É hora de brilhar!Edifiquemos a Cultura do Espírito, renovando sentimentos e pensamentos!Abrilhantando-nos! Refletindo as luzes do Pai!Busquemos com ardor edificar luzes em nós para edificarmos luzes na Terra!Preparemos o terreno para os cientistas do amor, os músicos da harmonia, os pintores da vida, os escultores da luz, os poetas do céu, os atores da verdade, os educadores da paz!Plantemos as bases da cultura do Espírito na terra, despertando consciências com amor e verdade!É hora de Ser! Em minha imagem a luz do Criador, enfim a meta é Ser Amor!